Mãe Nitinha de Oxum (1933 – 2008)

  • Volume 2
  • Século: XX
  • Estado: BA
  • Etnia: Negra
  • Atividade: Expressões religiosas

Descrição:

Areonithe Conceição Chagas, nasceu na Bahia é um dos mais tradicionais nomes do candomblé brasileiro. Filha de mãe de santo, Mãe Nitinha, “fez o santo” aos três anos de idade.
No tradicional terreiro da Casa Branca, onde nasceu, Mãe Nitinha, professora primária e parteira da comunidade, acabou por tornar-se segunda mulher na escala hierárquica religiosa, onde ocupava o cargo de ialorixá -, sacerdote chefe de um terreiro, responsável pela distribuição das diferentes funções praticadas durante um culto religioso. Há muitos anos dividia-se entre Salvador e o bairro de Miguel Couto, no Rio de Janeiro, onde respondia por um terreiro.
Em 2005 foi escolhida pelo governo brasileiro, como representante do candomblé, na comitiva multirreligiosa que participou, em Roma, das cerimônias funerais do Papa João Paulo II. Contudo, não conseguiu embarcar. Perdeu o vôo por haver chegada atrasada ao aeroporto.
Nitinha, que se casou aos 14 anos, conseguiu que a família – composta pelos filhos naturais e de criação, além de 12 netos – aprendesse a compartilhá-la com os fiéis que tanto a respeitavam.
Em 2000, reconhecida a aposentadoria aos pais e mães-de-santo, Mãe Nitinha tornou-se a primeira a beneficiar-se com a medida. Morreu em 04 de fevereiro de 2008, quando foi enterrada com as vestes brancas e douradas de Oxum, seu orixá no candomblé.