- Volume 2
- Século: XX
- Estado: ES
- Etnia: Negra
- Atividade: Poeta e atriz
Descrição:
Elisa Lucinda nasceu na cidade de Vitória, Espírito Santo, em 02 de fevereiro de 1958. Desde menina recitava poesias nas festas e acalentava o sonho de ser atriz. Neste período a mãe a matriculou no curso de interpretação teatral da poesia, de onde somente saio para estudar curso superior. Formou-se em jornalismo, em 1982, e começou a exercer a profissão como repórter e apresentadora de TV em Vitória; mas seus desejos de menina a conduziriam a trilhar outros caminhos. No ano de 1986 mudou-se para cidade do Rio de Janeiro, com planos de seguir a carreira de atriz. Firme em seu propósito ingressou no Curso de Interpretação Teatral da Casa de Artes de Laranjeiras (CAL). Trabalhou nas peças “Rosa, um Musical Brasileiro” (direção de Domingos de Oliveira), e Bukowski, Bicho Solto no Mundo (direção de Ticiana Studart).
Sensível e talentosa dedicou-se a apresentações teatrais em formato de saraus poéticos. Brilhou nos espetáculos O Semelhante e Euteamo – ambos declamando poemas de sua autoria. Sua paixão pela poesia a motivou a criar no Rio de Janeiro uma associação de estudo de declamação que promove saraus – Escola Lucinda de Poesia Viva. Seu grande sucesso do teatro é a peça Parem de falar mal da rotina.
O primeiro trabalho de Elisa Lucinda em televisão foi na novela Kananga do Japão, no ano de 1989 na extinta Rede Manchete. Atuou nas novelas Mulheres Apaixonadas e Páginas da Vida, ambas de Manoel Carlos, exibida na Rede Globo, entre outras telenovelas. Neste período já era famosa por seus poemas e a forma singular de declamá-los.
Elisa Lucinda também brilha no cinema nacional. No final dos anos 1980 participou do curta metragem Referência. Sua estréia em longa-metragem foi no ano de 1990 no filme Barrela: escola de crimes; depois atuou em A causa secreta (1994); O testamento do senhor Nepumoceno (1997); A morte de mulata (2001); Seja o que Deus quiser (2002); Gregório de Mattos e As alegres comadres (ambos em 2003). No Distrito Federal no ano de 1989 ganhou o Troféu Candango, como Atriz Revelação no Festival de Cinema Brasileiro e em 1990 no Rio de Janeiro o Troféu Sol de Prata, como melhor atriz no Rio Cine Festival.
Como escritora publicou os livros Aviso da Lua que menstrua; A Menina Transparente; O Semelhante; Coleção amigo Oculto; entre outros. Dona de uma trajetória vitoriosa, Elisa Lucinda é considerada uma das mais expressiva artista brasileira da atualidade.