Emiliana Emery Viana (1874-1957)

Viúva aos 20anos, teve que batalhar por seu sustento e de sua família, superando todos os obstáculos, até se tornar uma próspera empresária. Despertando para o fato de que a situação de inferioridade da mulher deveria ser mudada, pediu sua inscrição na lista de eleitores, tornando-se a primeira eleitora capixaba, passando também a integrar a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.

Emília Pinto Magalhães Branco (1818-1888)

Filha de comerciante português, é forçada a se casar aos 17 anos com o rico comerciante português Antônio Joaquim Branco, que a tratava com brutalidade. Revoltada com o tratamento que recebia, fogiu com a filha para a casa de uma família amiga, e mais tarde recolheu-se a uma das casa de sua família, não mais saindo as ruas. Apesar disto, sua casa passa a ser freqüentada pela elite cultural maranhense, discutindo a abolição e a libertação feminina. Enfrentando preconceitos, passou a viver com o chanceler do consulado português David Gonçalves de Azevedo.

Elza Soares (1937)

Cantora carioca de origem humilde; teve que vencer muitas dificuldades para ser reconhecida como cantora. Trabalhou em programas de rádio, boates, gravando seu primeiro disco em 1960; convidada a viajar com a seleção de futebol, na Copa do Mundo de 1962, como artista representante do Brasil, cantou ao lado de Louis Armstrong e conheceu o jogador Garrincha, com quem teve um relacionamento que rendeu aos dois perseguição profissional e discriminação social, pois Garrincha era casado na época e abandonou a família para ficar com Elza. Com muita dificuldade, continua cantando onde consegue, gravando outros discos e apresentando-se em shows.

Elza Monnerat (1913 – 2004)

Filha de imigrantes suíços. Em 1945, com o fim do Estado Novo, toma parte na campanha pela anistia dos presos políticos, entrando em Seguida para o Partido Comunista Brasileiro (PCB), posteriormente, juntou-se com um grupo de dissidentes do partido, criando o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), parte para a região do Araguaia, onde permaneceu até 1972, segue para São Paulo, onde é presa em 16 de Dezembro de 1976, sendo beneficiada pela Lei da Anistia, em 1979.
Morreu no dia 11 de agosto de 2004, de causas naturais aos 91 anos.
 

Elvira Pinho (1860-1946)

Destacou-se como incansável ativista da causa abolicionista, por sua participação na sociedade abolicionista feminina Cearenses Libertadoras. Em 1913 foi a primeira mulher a ocupar o cargo de diretora de escola no Ceará, renunciando a este com a intervenção federal no estado, dedicou-se a lecionar piano, sendo responsável pela formação de várias gerações de pianistas.

Elvira Komel (1906-1932)

Primeira mulher a exercer a advocacia no Fórum de Belo Horizonte; engajada na luta pelo direito ao voto, consta que teria sido a primeira eleitora mineira. Apoiou a revolução de 1930, publicando nos jornais manifesto dirigido às mulheres, convocando-as a integrar o Batalhão Feminino João Pessoa, criado para servir de base de apoio na capital mineira.

Elvira Boni de Lacerda (1899-1990)

Filha de imigrantes italianos, tomou conhecimento das idéias socialistas com o pai; já morando no Rio de Janeiro, inicia-se na vida sindical participando nas atividades da Liga Anticlerical, e em Maio de 1919, fundou com outras profissionais, a União das Costureiras, Chapeleiras e Classes Anexas, promovendo greve vitoriosa para a categoria. Ao casar-se com Olgier Lacerda, um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro (PCB), participou de sua atividades, sem se filiar.

Elmira Ribeiro Lima (1904-?)

Natural de Manaus (MA), ao mudar-se para Belém (PA), filiou-se à Liga Feminina Lauro Sodré, escrevendo artigos tratando da emancipação feminina. Casada com Arquimino de Lima, convertem-se ao espiritismo, fundando o Centro Espírita Caminheiros do Bem, usando seus talentos para a propagação da doutrina; sem, no entanto, abandonar a luta pela causa feminista.