Ativista política, natural de Coronel Macedo (SP), após tornar-se uma liderança estudantil, militou no PC do B, e participou da Guerrilha do Araguaia, onde foi assassinada pelo exército.
Biografia de Mulheres
Sueli Gomes de Oliveira (1915-?)
Política, natural de Osório (RS). Primeira deputada estadual do Rio Grande do Sul em 1950, pelo PTB. Era professora da rede pública estadual. Reelegeu-se em 1954, 58 e 62. Em 1965, com a extinção dos partidos, ingressou no MDB, elegendo-se novamente.
Stella Guerra Duval (1879-1971)
Feminista e assistencialista, fez parte do grupo das Damas da Cruz Verde que fundou a maternidade Pró-Matre, da qual foi diretora e presidente perpétua. Participou de atividades junto a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.
Sônia Maria Lopes de Moraes (1946-1973)
Ativista política, natural de Santiago do Boqueirão (RS). Estudou administração no RJ, na época da ditadura militar. Detida na manifestação de 1º de maio de 1969, na praça Tiradentes, foi levada para o DOPS, presa e julgada, sendo absolvida. Passou a viver na clandestinidade, exilando-se na França. Voltou ao Brasil ao saber do desaparecimento de seu marido Stuart Edgard Angel Jones. Passou a militar na Ação Libertadora Nacional. Presa novamente pelo DOI-CODI-SP, morreu sob tortura, em 1973.
Sofia Jobim Magno de Carvalho (1904-1968)
Educadora, indumentarista e museóloga, natural de Avaré (SP) . Participou do Movimento de Mulheres representando as brasileiras em vários congressos internacionais. Estudou e pesquisou indumentária histórica no exterior, constituindo imenso acervo que doou ao Museu Histórico Nacional.
Sebastiana de Albuquerque (séc. XVII)
Senhora de engenho que vivia em Pernambuco no período do domínio holandês. Viu-se obrigada a abandonar a Vila Nova do Serinhaém (PE), último refúgio da população civil, fugindo para o sul.
Santa Dica (1906-1970)
Líder religiosa e de movimento social; natural de Pirenópolis (GO). Ainda criança apresentou manifestações espirituais que se intensificaram mais tarde. Uma vez julgada morta, despertou quando se iniciava a cerimônia de sepultamento. A fama correu e vários peregrinos foram até a região. Em 1923, assumindo seus poderes espirituais, fundou a comunidade agrícola Corte dos Anjos. Vários trabalhadores das fazendas locais abandonaram seus empregos para morar na comunidade. As formas de organização da comunidade incomodavam os grandes fazendeiros da região, com medo de reviver a tragédia de Canudos e passaram a chamá-la de Santa Dica. Foi presa e condenada e após foi banida de Goiás. Em São Paulo, foi bem recebida pelos membros da Federação das Associações Espíritas do Brasil e participou da Revolução Constitucionalista de 1932. Dois anos depois voltou a ser presa. Porém, retornou a Pirenópolis, onde passou a exercer a liderança espiritual e política da região.
Sandra Cavalcanti (1927)
Política e educadora, natural de Belém (PA). Participou da Ação Católica e elegeu-se vereadora no Rio de Janeiro. Foi deputada estadual e apoiou o golpe de 64. Nomeada por Castelo Branco, presidiu o Banco Nacional de Habitação, tornando-se a primeira e única mulher a presidir essa instituição.
Sancha Coutinho (c.1615-1646)
Figura mítica, símbolo do amor impossível. Vivia em Pernambuco quando este foi invadido pelos holandeses. Seu pai não tinha lhe permitido se casar com um jovem que morrera na luta contra os holandeses. Sancha também perdera os pais. Conta a lenda que um dia um homem bateu a sua porta e seria o seu ex-noivo. Sancha morreu de susto e foi enterrada sob uma mangueira, o que teria dado a doçura das mangas, ficando conhecida as mangas da Itamaracá.
Salvadora Lopes Peres (séc. XX)
Ativista política e operaria, natural do interior de São Paulo, se tornou uma liderança sindical na década de 1940. Trabalhou numa fábrica de tecidos e foi demitida por defender jornada de 8 horas de trabalho, o que causou indignação aos operários. Foi readmitida mas seguiu resistindo, participando de movimentos grevistas.