Ativista política, nascida na Alemanha, era judia e militante comunista. Foi importante membro do Partido Comunista Alemão, que a encarregou de acompanhar o líder Luís Carlos Prestes, na volta ao Brasil , onde viveu e participou da Intentona Comunista, em 1935. Foi presa e deportada para ser morta em câmara de gás nos campos de concentração nazista.
Biografia de Mulheres
Olegarinha da Gama Carneiro da Cunha (1859-1998)
Natural de Recife (PE). Participou ativamente do movimento abolicionista de Pernambuco, porém nunca se filiou a qualquer entidade. Trabalhou na organização do Clube do Cupim e de diversos movimentos de alforria e libertação de escravos. Ajudou na eleição de Joaquim Nabuco empenhando suas jóias para a campanha. Sua morte comoveu Recife.
Odila Schmidt (séc. XX)
Política, moradora do Rio de Janeiro, eleita vereadora em 1947. Militante do PCB envolveu-se nas lutas sindicais na década de 1940.
Odette Ernst Dias (1929)
Flautista francesa, formou-se pelo Conservatório de Paris, em 1951. Chegou ao Brasil em 1955, apresentando-se no Teatro Municipal e sendo contratada pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Fez parte da Orquestra da Rádio Nacional.
Nuta Bartlet James (1885-1976)
Ativista política, natural de Alegrete (RS), mudou-se ainda criança para o Rio de janeiro. Casada com o deputado federal pelo RJ, George Bartlet James, sua casa era foco de oposição ao governo de Epitácio Pessoa, reagindo a bala a tentativa de invasão pela polícia, por várias vezes, sendo levada presa. Apoiou o movimento tenentista e fez sempre oposição aos governos oligárquicos até a Revolução de 30. Em 1945 candidatou-se mas sofreu campanha difamatória por parte da igreja católica. Mesmo não se elegendo, sua participação na vida partidária era forte e foi eleita membro do Diretório Nacional da UDN. Participou da campanha do Petróleo e do Movimento de Mulheres nas décadas de 40 e 50.
Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810-1885)
Escritora, educadora e feminista, natural de Papari (RN), cidade que hoje leva o seu nome. Intelectual de prestigio é considerada a pioneira do feminismo no Brasil. Publicou, em 1831, seus primeiros artigos, já abordando a condição feminina, no jornal Espelho das Brasileiras (PE) e traduziu, em 1832, Direitos das mulheres e injustiça dos homens. Fundou no Rio de Janeiro um colégio para moças, onde revolucionou a educação feminina. Sua trajetória é permeada de atitudes firmes e corajosas, enfrentando e vencendo preconceitos e contratempos do destino.
Nísia Carone (1928)
Política, natural de Muriaé (MG), foi eleita deputada federal por Minas Gerais, em 1966, sendo cassada pelo AI5 – Ato Institucional n°5.
Nise da Silveira (1905-1999)
Médica, natural de Maceió (AL), foi presa em 1935 por sua militância na ALN. Tornou-se uma das maiores referências no tratamento Médica psiquiatra, formada pela Faculdade de Medicina da Bahia, logo se interessou pela psiquiatria. Foi uma das maiores referências no tratamento psiquiátrico no Brasil. Em 1952, fundou o Museu de Imagens e do Inconsciente, que, além de importante centro de pesquisa, possui mais de 300 mil obras de internos.
Niomar Muniz Sodré (c.1916)
Jornalista e empresária, natural de Salvador (BA). Filha do diretor do Correio da Manhã, no Rio de Janeiro, passou a colaborar com o jornal. Ajudou na fundação do MAM, sendo sua diretora-executiva. Com a morte do pai, assumiu a direção do jornal. A situação do jornal se agravou na época da ditadura, obrigando-a a arrenda-lo.
Nieta Campos da Paz (1911-1990)
Ativista política natural de São Paulo. Participou da militância do PCB na década de 30, defendendo os presos políticos da ANL. Participou das campanhas O Petróleo é Nosso e contra a ida de soldados brasileiros à Coréia. Fez parte da diretoria da liga feminina do estado da Guanabara. Na ditadura, emprestou sua casa para reuniões da ALN. Participou da criação do Centro da Mulher Brasileira.